“No meio do caminho, tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho”, poderiam ter pensado os índios Kariri ao verem a rocha em formato de ponte, supondo que foi a água do rio que passa ali embaixo, nos períodos de chuva, que cavou o buraco e a fez ficar neste formato. Mas Drummond ainda não havia nascido e a explicação foi outra: aquela era uma ponte de pedra que ligava um lago mágico a um castelo, também encantado.
O tal castelo é uma outra formação rochosa, um pouco distante dali, que se assemelha a duas torres. Já o lago, onde viveria uma princesa com rosto de serpente e corpo de mulher, é o Olho D’Água, que pode ser acessado por uma trilha não sinalizada pelo Geopark.
Realmente é uma formação curiosa, mas é preciso entender o contexto para achar o lugar legal. Importante saber que por lá foram achados diversos artefatos arqueológicos, e pinturas rupestres em locais próximos.
Quem entende muito disso é o pessoal da Fundação Casa Grande, de Nova Olinda. Entende tanto, que o projeto começou com o Memorial do Homem Kariri, e os caminhos percorridos pelos primeiros habitantes da Chapada do Araripe são tema de doutorado da arqueóloga Rosiane Limaverde, fundadora da ONG junto com Alemberg Quindins. Vale uma visita à Fundação, parceira do Geopark Araripe, antes de ir ao geossítio.
Como cheguei lá
A entrada do geossítio fica na beira da estrada CE-292, que liga o Crato às cidades do oeste do Cariri. Fica no município de Nova Olinda, há 9 km da entrada da cidade (para quem vai do Crato, 9 km antes de chegar em Nova Olinda, do lado direito da pista).
Há uma identificação na estrada, por onde passam diversas Topics (vans), então é possível chegar de transporte público.
Se for de carro, tem como entrar na estradinha ao lado, e estacionar.
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